quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pastoral da melhor idade




por Adriano José Pires de Lima
Com. de Filosofia - Curitiba - PR

Com base na experiência pastoral que tive no ano de 2009 junto aos idosos, partilho um pouco dos sentimentos vividos junto a esse trabalho bonito que Deus me reservou.
A realidade de trabalhar numa pastoral que mobiliza a vivência com idosos revela para nós estudantes uma aproximação maior da fragilidade humana. Requer muito esforço para entender o ciclo da vida e como Deus age através do tempo. E de um instante para o outro nos submetemos aos anos que perpassam nossa existência.
Não devemos tomar a postura da nossa sociedade hoje, ver os idosos como improdutivos, relativizando o valor de sua humanidade, esta postura leva uma ideia errônea da velhice, esquecendo que é uma fase bela da vida, que tem seu valor e por isso deve ser vivenciada da melhor maneira possível.
No Brasil há muitos asilos que prestam serviços a sociedade cuidando de nossos idosos, me parece que esse trabalho se torna necessário e é notória a contribuição de pessoas que se de dedicam com amor e carinho a promoção da vida, mas isso não supre ou substitui um lar junto à família. Se uma vez nossos grandes e sábios idosos eram respeitados e amados, hoje lhes é tirado o direito de um lar. Os asilos podem contribuir, mas não suprem a relação familiar que sustenta e dá sentido à vida, do nascimento à terna idade.
O grau máximo da existência se define na “melhor idade” que deveria ser mais bem cuidada por todos. Deixamos de perceber que a juventude não é eterna e só lembramos nossos idosos quando já os esquecemos. Não fiquemos indiferentes a essa realidade, pois a vida é um Dom, deve ser cuidada em todas as suas fases.

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