sexta-feira, 11 de agosto de 2017

CONSAGRAÇÃO RELIGIOSA MISSIONÁRIA XAVERIANA


(Giomar Henrique Clemente)
Profissão Religiosa: Giomar, Gilberto, Everson
No domingo 02 de julho de 2017, solenidade de São Pedro e São Paulo, consagraram-se como Xaverianos através dos votos religiosos os jovens que concluíram a etapa do Noviciado (2016-2017): Everson Luiz Kloster (Cantagalo-PR); Gilberto da Silva Santos (Tucumã-PA); Giomar Henrique Clemente (São Gabriel da Cachoeira-AM). A celebração ocorreu na Comunidade Santa Edwiges, Paróquia São Guido Maria Conforti, cidade de Hortolândia – SP, às 9:30hs, presidida pelo Superior Regional Pe. Rafael Lopez Villaseñor, com a presença alegre e significativa da família xaveriana, familiares e amigos de outros estados que vieram participar da celebração.
Para o Xaveriano, a Consagração Religiosa é oferta da própria vida para o anúncio do Evangelho e propagação do Reino de Deus, de maneira particular entre os que não conhecem Jesus Cristo (os não-cristãos). O voto de Missão, Castidade, Pobreza, Obediência, assumidos na consagração são meios de viver a entrega por amor, nutrido no encontro constante com aquele que é o centro de toda vocação: Jesus Cristo. Nesse sentido, a vida missionária e religiosa são indivisíveis, como acentua o número 18 da Constituição do Instituto: Para vivermos e expressarmos mais radicalmente a nossa consagração à missão, colocamo-nos no seguimento de Cristo com os votos de castidade, pobreza e obediência. A vida apostólica e a vida religiosa são para nós um carisma único e indivisível”.
A vocação cristã é o acontecimento marcado pela interlocução entre o emissor e o receptor (Deus e o homem), estabelecido ao longo da história e dinamizado na vida, tendo nela sua expressão vocacional por excelência. Todo ser humano que nasce, nasce porque é chamado por Deus. Esta compreensão de fé nos permite dizer que TODA VIDA É VOCAÇÃO. É Ele que nos modela e nos coloca no mundo com o propósito de amar e ser feliz. A vida se concretiza em etapas e o chamado vai também sendo desvelado, conhecido, assumido, vivido. Viver é responder perguntas para si e para o contexto que nos cerca. Nessas circunstâncias, cabe bem a frase “Toda vocação é a resposta de Deus ao clamor de um povo”, a exemplo da vocação de Moisés (Ex 3,1-15).

Na festa dos apóstolos Pedro e Paulo, o Evangelho interpela fortemente cada vocacionado com a pergunta de Jesus “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16,15). É a partir deste simples questionamento que inicia o diálogo vocacional dirigido peculiarmente a cada pessoa. O diálogo é frequente ao longo da caminhada, e para os irmãos xaverianos que se consagraram ela continuará sendo respondida na travessia que a missão ad gentes os envia. Giomar Henrique vai para a Teologia de Manila, Filipinas (Ásia); Everson Luiz para a Teologia de Cidade do México, México (América); Gilberto da Silva para a Teologia de Yaoundé, Camarões (África).
São Guido Maria Conforti, ao falar da Consagração Missionária, assim expressa: “Nos anos mais bonitos de vossa vida ouvistes o convite de Cristo que vos chamava a segui-lo de perto, e respondestes generosamente: seguir-te-emos aonde quer que vás; iremos aonde queiras; será nossa glória obedecer por toda a vida às tuas ordens!”(16º discurso de despedida, em 13 de março de 1927). É esta caminhada que se alarga no horizonte da missão além-fronteiras, vivida como a grande páscoa na formosa aventura da fé que nos recorda o Documento de Aparecida. Que esta missão seja vivida com fé e disponibilidade nestas novas terras, com novos irmãos e irmãs que a Providência preparou. E para quem trilhou um trecho do caminho com esses irmãos, permanece o compromisso de rezar e acompanhar os passos nessa nova missão. Que assim seja! 
Agradecimentos do povo da Paróquia São Guido

CHAMADOS PARA O SERVIÇO...

“Trabalhar com as Pastorais da Igreja é assumir com alegria a missão de servir a comunidade”

Sônia Rodrigues - Xaveriana Leiga
Caríssimos irmãos e irmãs, recebi um desafio, escrever sobre minha experiência nos trabalhos pastorais. Confesso que a princípio tive uma imensa vontade em declinar de tal compromisso, pois, não é uma tarefa fácil sintetizar em palavras tudo o que vivemos nas várias experiências comunitárias e pastorais. Contudo, refletindo sobre o que escrever, percebi que partilhar com os irmãos e irmãs minha experiência, é senão  relatar a vivência de muitos que como eu amam sua Igreja e procuram com dificuldades muitas vezes, viver sua fé e seu compromisso como batizado.
Todos somos chamados a junto com Cristo ser “Igreja viva” e levar o Evangelho a todos aqueles que não o conhecem. Conclui então que como eu, todos passamos pela primeira grande experiência: “A Primeira Eucaristia”. Para mim particularmente, dia inesquecível. Lá obtive os primeiros contatos com Igreja, lá brotou o amor por Jesus Cristo e a sua Igreja. Desse modo, na adolescência, já estava mais que inserida na vida comunitária da Paróquia Jesus Cristo Operário, membro da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Na época uma simples casa no conjunto Habitacional Almirante Nubar Boghossiam, conhecido carinhosamente como “Nubar”, nome qual rendia muitas piadas nos encontros paroquias.
Pertencer a uma Paróquia com Padres Missionários foi de fundamental importância para minha formação Cristã. Ela me proporcionou construir uma visão de mundo e de uma Igreja voltada para missão, uma igreja capaz de se inserir na vida do povo, e em especial os pobres e excluídos. Vem daí minha admiração e carinho pelos Missionários que abraçam a Missão em outras terras, outros povos, novas culturas, porém, com alegria de construir um mundo onde todos sejamos uma só família. Como nos diz Papa Francisco: “É preciso demolir os muros que dividem países e pessoas e construir pontes que permitam diminuir as desigualdades. Denunciando a “cultura da indiferença” e a “cultura do descarte”, pregar a “cultura do encontro” e a “cultura da misericórdia”.
Fazer parte do Grupo Vocacional (A Sementinha), grupo de adolescentes, ser catequista e participar da Pastoral da Juventude do Brasil na PJMP, foi essencial para consolidar ainda mais este compromisso tornando-me assim capaz de assumir novos desafios na Coordenação Paroquial da Liturgia e a oportunidade de iniciar uma caminhada como Leiga Missionária Xaveriana. Não poderia deixar de dizer que parte do que me tornei deve-se aos padres Xaverianos, por minha caminhada até os dias de hoje  na Igreja, na Comunidade e na Paróquia. Vivenciar o Carisma Xaveriano foi de fundamental importância para minha formação e vivência Cristã. Queridos irmãos e irmãs, finalizo meu breve relato com estas belíssimas palavras: “Amar e servir com alegria”, esse deve ser o sentimento de todas as pessoas que aceitam contribuir com seus dons para as mais diversas pastorais da Igreja católica que buscam através de suas ações, atenderem determinadas situações em uma realidade específica, tendo como foco principal difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos evangelhos. (Padre Geraldo de Paula - Missionário Redentorista)