Na
atualidade, todos ou quase grande parte das pessoas possuem celular para se
comunicar. É verdade que esta tecnologia muito tem evoluído na medida em que
corre os anos. Antes, o fim único do mesmo era fazer ligações. Hoje, agrega em
si uma variedade de ferramentas com o objetivo de melhorar o serviço ao
usuário. Assim, tem-se a câmera para filmagem e fotos, TV, jogos, internet,
aplicativos de redes sociais, entre outros acessórios. Com isso, ampliou-se sua
utilidade, ganhando uma característica multifuncional.
Com
essa constatação, pode-se afirmar que o celular mantém as pessoas conectadas
com o mundo inteiro. Não há mais distâncias virtuais. Tudo se tornou acessível.
É raro entender a vida sem o uso desse dispositivo que se tornou de certa
maneira central no dia-a-dia das pessoas.
Entre
todos os cuidados que o usuário deve ter para desfrutar melhor do seu serviço,
há aquele considerado fundamental, sem o qual todas as demais tarefas não
funcionam, mesmo nos mais sofisticados aparelhos. É a carga elétrica armazenada
na bateria do dispositivo. Percebe-se assim, que o “coração” do celular é a
bateria. É ela que mantém funcionando as tarefas. Esgotando-se, nada funciona.
Para evitar os transtornos do “apagão”, quem o utiliza mantém-se alerta,
evitando deixar descarregar a bateria. É um trabalho de vigilância constante
para quem a vida gira em torno.
Esta
mesma exemplificação pode ser aplicada à vida cristã. Faz todo sentido. É
necessário se conectar a fonte para continuar abastecido e assim permanecer
comunicando Deus. Como o celular precisa de tempo em tempo voltar e ficar na
fonte, o cristão precisa da Fonte,
que é o próprio Deus. Sozinho não
consegue se manter por muito tempo funcionando. Não importa todo o conhecimento
adquirido na ciência, se estes não nos colocam em comunhão com o Criador. Em
cada ser humano existe o chip que tem a marca de Deus.
Parafraseando santo Agostinho, esta marca nos manterá inquietos enquanto não
nos encontrarmos nEle.
É
o próprio Jesus que nos diz “Eu sou a videira e vocês são os ramos. Quem fica unido a mim, e eu a ele, dará muito
fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada”. (Jo 15, 5)
A
vida contemporânea é agitada. Este agito demanda energia. Notar em si essa
necessidade da fonte-Maior, é
importante. Interrogar-se também “Em
quais fontes estou abastecendo minha vida?”, é necessário. Não temos em nós
a marca de Cristo como simples adesivo, mas, como algo permanente, indelével
(que não se apaga). Seja um constante pedido na vida “Ensina-me a cumprir tua vontade” (Sl 143, 10). É o começo de um
caminho que perpassa toda a vida cristã. No entanto, reunir-se em Comunidade
(povo de Deus) é também preciso. É nela que encontramos a Eucaristia, fonte e
alimento de nosso ser cristão. Padre Tournade (2005, p.79), na obra Um amigo a ser descoberto, destaca que
“Um cristão solitário é, muitas vezes, um cristão em perigo”. Unidos podemos
ser sempre mais. Voltemos à Fonte e sejamos a expressão viva do próprio
evangelho na sociedade!
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