sábado, 19 de junho de 2010

O ENCONTRO COM CRISTO - VIDA DE FÉ


Por Adriano José Pires de Lima
Com. Filosofia - Curitiba - PR

Em vista de nossa avaliação, cada estudante escreveu sobre uma das constantes Xaverianas para nos ajudar a refletir e avaliar a nossa caminhada comunitária deste primeiro semestre de 2010.

A característica do “ser” cristão é o amadurecimento na vida de fé, é querer ser moldado como o “barro nas mãos do oleiro” (Jr 18,6), destinado a uma missão bonita e específica. A exemplo do nosso fundador, o xaveriano é impulsionado a amar a si próprio, os outros povos, as nações e, consequentemente, o mundo inteiro. E para modelar-se em vista do projeto missionário, é importante que nós, como comunidade de consagrados e vocacionados, possamos dar os primeiros passos para uma efetiva espiritualidade madura, que quebre o orgulho, o egoísmo e as diferenças, tendo em primeiro plano o amor de Cristo, o missionário do Pai. O sustentáculo de nossa missionariedade tem suas raízes no cultivo assíduo da oração, numa espiritualidade que nos impulsiona a viver o evangelho, transmitindo-o a todos. É na vida de oração que encontramos coragem para não desanimarmos da missão que Deus nos confiou. Por este motivo, aprendemos durante o semestre a nos amarmos, cada um ao seu modo, amando assim também a missão, com os nossos olhares voltados para a situação do nosso mundo hoje. Descobrimos que a vida de oração não é somente expressar a relação “Eu e Deus”, mas sim “Eu, Deus e o Outro”, gerando, contudo uma prospecção na ação cotidiana. Que não percamos a dimensão do rosto de Cristo em nossa espiritualidade.
Que saibamos aprender com Ele a nos moldarmos, para sermos cada vez mais pessoas melhores na fé, que transmitem ao mundo alegria e esperança. Só assim o ideal missionário aos poucos vai sendo entendido e buscado com profunda autenticidade e senso dos limites pessoais de cada um. E Para viver a proposta missionária com alegria e esperança, é preciso internalizar o gosto pela missão além-fronteiras, assumindo o jeito específico que temos na Igreja, com nossos medos, dúvidas, até mesmo experimentando os sentimentos que surgem do confronto entre o querer pessoal e o querer missionário, enfrentando o risco de não sermos compreendidos. Não podemos nos esquecer dessas quatro atitudes que nos faz comunidade: voltar o olhar para a vida divina, o mistério da trindade, habitando no próprio coração, e reconhecer o reflexo de sua esperança em nossos irmãos. Perceber o irmão ou a irmã de fé na unidade do corpo místico de Cristo, que faz parte de mim também, que todos sejam um. Acolher e valorizar o outro como dom de Deus: “um dom para mim”. Criar espaço para que todos carregando os fardos uns dos outros, possam quebrar a lógica do egoísmo, da competição e das rivalidades.

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