quarta-feira, 23 de junho de 2010

Falecimento de Pe. Giuseppe Chiarelli (Zezinho)


Morreu dia 12 de junho de 2010 na Casa Mãe dos Missionários Xaverianos, O Padre Giuseppe (Zezinho) Chiarelli. Este missionário trabalhou muito em Piracicaba/SP na Paróquia Imaculado Coração de Maria - Paulicéia, onde deixou muitas lembranças e saudades! Antes de vir ao Brasil foi missionário no Burundi, Africa.
Pe. Zezinho nasceu em Taranto em 10 de maio de 1944 e foi ordenado em 27 de setembro de 1970.

Falecimento do Pe. Luigi Medici


No dia 06 de junho de 2010, em Parma, na Casa Mãe, morre o padre Luigi Médici. Sua morte foi causada por um câncer, que sofria há algum tempo. Ele tinha completado 90 anos em 13 de janeiro de 1920.
Foi ordenado em 29 de junho de 1945 e após alguns poucos anos na Itália, foi destinado ao Brasil e por aqui chegou em 21 de novembro de 1954.
Foi no Brasil que desenvolveu todo seu ministério sacerdotal, seja como formador, pároco no norte do Paraná, em Santa Mariana, Jaguapitã, Laranjeiras do Sul e Curitiba, ou mesmo como Superior Regional.
Idealizador de grandes obras materiais e espirituais. Introduziu a devoção ao Terço Missionário no Brasil. Dedicou-se á construção dos seminários xaverianos em Jaguapitã e Santa Mariana e também da atual sede da Direção Regional.
Seu primeiro trabalho no Brasil foi em São Paulo, capital, como auxiliar na Paróquia Nossa Senhora de Sião, no Ipiranga.
Retornou à Itália em 2007, para a casa Mãe dos Xaverianos, onde faleceu.
Fonte: Pollesel

sábado, 19 de junho de 2010

A CONVERSÃO - VIDA RELIGIOSA E ECONOMIA


Por João da Conceição Viana Junior
Com. Filosofia - Curitiba - PR

Neste período que se passou, procuramos viver de forma responsável, colaborando na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura e da paz, a partir do esforço conjunto da comunidade e de pessoas de boa vontade. Para que dessa forma, todos pudessem ajudar na construção do bem comum e coletivo em família. Em vista de uma comunidade mais unida e fraterna. Os problemas que encontramos durante esses meses, nos ajudaram a crescer como pessoas humanas, e a viver com mais responsabilidade três aspectos importantes da vida religiosa, a obediência (cercar de respeito, gratidão e benevolência, na família a qual estamos vivendo, uma participação voluntaria e generosa) pobreza, precisamos ser religiosos pobres em espírito e a castidade.
Obediência
Precisamos ser obedientes aos planos de Deus, seguindo o ideal missionário, de nosso fundador, Dom Guido Maria Conforti, vivendo em uma só família. Nesses meses que se passaram, procuramos viver de forma harmoniosa entre todos, respeitando os horários e compromissos, sugeridos pela comunidade, procurando dialogar com todos, para evitar possíveis desentendimentos.
Pobreza
Foi colocado desde inicio do ano para todos, a importância de valorizarmos aquilo que possuímos em comunidade. Procurando economizar nos gastos, e prestar contas de tudo aquilo que compramos, dessa forma, não faltou nada para ninguém. Observamos também, a importância de vivermos em um clima de oração, não se esquecendo das pessoas que vivem nosso mundo e que necessitam de nossas orações, a tarefa de não se esquecer dos mais pobres. E aprender partilhar, vendo no outro, um verdadeiro irmão de comunidade. Lembrando, de todas aquelas pessoas, que de uma forma e outra contribui para a manutenção da família Xaveriana.
Castidade
A castidade representa uma tarefa eminentemente pessoal. Mas implica também em um esforço cultural, porque o homem se desenvolve em todas as suas qualidades mediante a comunicação com os outros. A castidade supõe o respeito pelos os direitos da pessoa, particularmente o de receber uma informação e uma educação que respeitem as dimensões morais e espirituais da vida humana. Nesses meses, procuramos viver uma vida de respeito mutuo, entre todos os membros da comunidade. Sabendo que para viver a castidade, necessitamos de uma vida plena de oração, e não podemos nos fechar em nós mesmos e no nosso egoísmo, se faz importante, partilhar um pouco daquilo que sentimos, isso nos ajuda também a viver a castidade. O diretor espiritual é uma pessoa importante para ajudar nos momentos de crise.

A MISSÃO - VIDA APOSTÓLICA


Por Tiago Eurico de Lacerda
Com. Filosofia - Curitiba - PR

A vida consagrada, profundamente arraigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor, é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito. (Exortação Apostólica Vita Consecrata)
A consagração e missão são para nós missionários Xaverianos um único e indivisível carisma. Alimentados pela espiritualidade cristocêntrica somos chamados a anunciar com nossa vida a Boa nova que veio a nós como sinal de esperança e paz neste mundo em vista de uma vida indizível ao lado de Deus. Para isto é preciso buscar um espírito flexível, aberto às novas realidades e culturas para que a nossa inserção na missão não prejudique a cultura do outro, mas nos possibilite ser luz e apoio que complementa e acolhe a todos indistintamente. A nossa missão se concretiza no trabalho harmônico e em família, vivemos em comunidade e juntos aprendemos a compartilhar nossa vida para que assim nossa convivência nos ajude a formar missionários com compromisso na alteridade e desempenhar trabalhos com seriedade e empenho de uma forma criativa. Desde a etapa formativa somos motivados a ir ao encontro do outro e com ele caminhar juntos promovendo um Reino de justiça e paz. Nossas pastorais em suas diversidades já nos lançam neste mundo secularizado e cheio de suas verdades; o nosso papel é ser testemunho da verdade para que possam perceber que em meio a tantas verdades que tentam alimentar o homem existe uma que certamente nos sacia e nos faz mais irmãos e batizados conscientes de sua missão.

A COMUNHÃO - VIDA COMUNITÁRIA


Por Carlos Eduardo dos Santos Amorim
Com. Filosofia - Curitiba - PR

O Fundador nos reuniu em uma família religiosa missionária para podermos vivenciar essa fraternidade mútua, através da: com participação, do perdão, da amizade, do diálogo e da aceitação do outro com os seus valores e limites, tornando assim nossa comunidade imagem da Santíssima Trindade, que nos impulsiona para uma unidade recíproca.
O relacionamento comunitário é uns dos grandes desafios que perpassa caminhos de amadurecimento, que nos ensina a ser capazes de ajudar e ser ajudados onde prevalece a humildade do nosso dinamismo na vida comunitária. Com essa perspectiva assumimos o compromisso de ter o espírito de família e de comunhão que se concretiza na vida diária com gestos e atitudes, principalmente expressos no amor Trinitário do qual nos faz sinal e participação ativa na comunidade.
A verdadeira família é aquela que se deixa levar pelo amor à Eucaristia, é ela que nos sustenta, fortalece para vivermos em comunhão uns com os outros. Apesar de nossas falhas,cansaços, isolamentos, desânimos, dificuldades e provações, sempre encontramos um ombro amigo que nos encoraja e que sabe compreender, passando a ter um clima de partilha, e contribuindo assim o nosso crescimento na vivência fraterna. Portanto sejamos sempre uma família missionária aberta na comunidade e além-fronteiras.

O DISCIPULADO – ROSTO HUMANO E ESTUDOS


Por Emerson Alves dos Santos
Com. Filosofia - Curitiba - PR

“A formação dos xaverianos, animada pelo Espírito, é uma obra de conjunto que envolve todo o Instituto, a família, a paróquia, a escola, o ambiente social e, de modo especial, os jovens em formação e os seus educadores. Constitui particular responsabilidade destes últimos fazer convergir, harmonizar e a dar espaços a estes fatores, a fim de que a formação atinja a sua finalidade.” (Const. 57)

O estudo na vida do xaveriano é extremamente importante, pois o ajuda a ter um comportamento responsável e prepara-o para as exigências da missão ad gentes.
Neste sentido, o jovem estudante que deseja fazer parte da Família Xaveriana deve ter um sério comprometimento com os estudos, crescendo gradualmente nos mesmos; conciliar os estudos e as demais atividades diárias, lembrando sempre que estar fisicamente bem ajuda-o em seu desenvolvimento intelectual; ter a capacidade de se adaptar aos diversos ambientes formativos e às pessoas com quem convive, procurando entender a realidade e os costumes do local em que está inserido, sem perder sua própria identidade.
A exemplo de Cristo, o estudante deve procurar ser solidário com as pessoas, percebendo suas dificuldades e ajudando-as a crescerem. Por aspirar à vida missionária, deve sempre estar atento aos acontecimentos mundiais. Para isto é favorável a leitura de revistas com enfoque missionário e jornais. A vocação missionária exige responsabilidade e doação. Estas podem ser adquiridas com a ajuda dos formadores. Os trabalhos cotidianos também ajudam a desenvolver habilidades que servirão na resolução de pequenos problemas do dia a dia.
Portanto, ter a capacidade de encontrar Cristo na oração, nas pessoas ao seu redor, nos trabalhos que desenvolve e também nos estudos que o ajudam a crescer fará do jovem estudante um bom missionário, construtor do Reino de Deus.

O ENCONTRO COM CRISTO - VIDA DE FÉ


Por Adriano José Pires de Lima
Com. Filosofia - Curitiba - PR

Em vista de nossa avaliação, cada estudante escreveu sobre uma das constantes Xaverianas para nos ajudar a refletir e avaliar a nossa caminhada comunitária deste primeiro semestre de 2010.

A característica do “ser” cristão é o amadurecimento na vida de fé, é querer ser moldado como o “barro nas mãos do oleiro” (Jr 18,6), destinado a uma missão bonita e específica. A exemplo do nosso fundador, o xaveriano é impulsionado a amar a si próprio, os outros povos, as nações e, consequentemente, o mundo inteiro. E para modelar-se em vista do projeto missionário, é importante que nós, como comunidade de consagrados e vocacionados, possamos dar os primeiros passos para uma efetiva espiritualidade madura, que quebre o orgulho, o egoísmo e as diferenças, tendo em primeiro plano o amor de Cristo, o missionário do Pai. O sustentáculo de nossa missionariedade tem suas raízes no cultivo assíduo da oração, numa espiritualidade que nos impulsiona a viver o evangelho, transmitindo-o a todos. É na vida de oração que encontramos coragem para não desanimarmos da missão que Deus nos confiou. Por este motivo, aprendemos durante o semestre a nos amarmos, cada um ao seu modo, amando assim também a missão, com os nossos olhares voltados para a situação do nosso mundo hoje. Descobrimos que a vida de oração não é somente expressar a relação “Eu e Deus”, mas sim “Eu, Deus e o Outro”, gerando, contudo uma prospecção na ação cotidiana. Que não percamos a dimensão do rosto de Cristo em nossa espiritualidade.
Que saibamos aprender com Ele a nos moldarmos, para sermos cada vez mais pessoas melhores na fé, que transmitem ao mundo alegria e esperança. Só assim o ideal missionário aos poucos vai sendo entendido e buscado com profunda autenticidade e senso dos limites pessoais de cada um. E Para viver a proposta missionária com alegria e esperança, é preciso internalizar o gosto pela missão além-fronteiras, assumindo o jeito específico que temos na Igreja, com nossos medos, dúvidas, até mesmo experimentando os sentimentos que surgem do confronto entre o querer pessoal e o querer missionário, enfrentando o risco de não sermos compreendidos. Não podemos nos esquecer dessas quatro atitudes que nos faz comunidade: voltar o olhar para a vida divina, o mistério da trindade, habitando no próprio coração, e reconhecer o reflexo de sua esperança em nossos irmãos. Perceber o irmão ou a irmã de fé na unidade do corpo místico de Cristo, que faz parte de mim também, que todos sejam um. Acolher e valorizar o outro como dom de Deus: “um dom para mim”. Criar espaço para que todos carregando os fardos uns dos outros, possam quebrar a lógica do egoísmo, da competição e das rivalidades.